Pão de Açúcar aprova venda de fatia na Via Varejo a Michael Klein

O conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar (GPA) aprovou no dia 12 de junho, a venda da fatia detida pela companhia na Via Varejo, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, pelo preço mínimo de R$ 4,75 por ação em leilão na B3.
Considerando a quantidade de ações que atualmente pertencem ao GPA, a venda seria fechada, no mínimo, a R$ 2,23 bilhões.
A decisão foi tomada após o recebimento de uma carta do empresário Michael Klein informando que, caso a venda dos 36,27% do capital social da Via Varejo fosse feita em leilão, ele apresentaria em conjunto com outros investidores uma ou mais ordens de compra pelo preço máximo de R$ 4,75.
No dia 11 de junho, os papéis ordinários da Via Varejo encerraram o dia negociados a R$ 5,00.
O GPA e a Via Varejo, que confirmou a decisão sobre a venda em comunicado divulgado nesta quarta-feira, não informaram a data da realização do leilão.
 

(Por Valor Econômico – Adriana Mattos, Maria Luíza Filgueiras e Rita Azevedo) via Varejo ESPM

Google Shopping lança novas modalidades de busca para compras

O Google Shopping, plataforma que conecta consumidores e varejistas, passou por mudanças durante o Google for Brasil. A partir de julho, ao acessar o google.com/shopping, os usuários poderão navegar clicando diretamente nas imagens dos produtos, além de conseguirem visualizar uma vitrine personalizada a partir de seus interesses online.
Esta nova experiência imersiva têm como objetivo tornar a jornada de consumo mais intuitiva e personalizada e foi pensada em função da busca de outras plataformas durante a jornada de compra do brasileiro. O país foi escolhido para ser o segundo mercado no mundo a receber esta novidade, depois dela ser introduzida na Índia em dezembro de 2018. Segundo uma pesquisa feita pela Ipsos em março de 2019, 8 em cada 10 consumidores usaram um produto do Google no período de uma semana para ajudar na jornada de compra e isso também envolve as transações feitas na loja física: a mesma pesquisa também mostrou que 99% dos consumidores que foram a uma loja na última semana fizeram uma pesquisa online antes.

A nova página inicial do Google Shopping permitirá que os consumidores busquem diversas categorias de produtos para encontrar exatamente o que querem dentre diversos varejistas. Para melhorar a experiência online dos usuários, a plataforma conta agora com características inteligentes, incluindo um indicador de queda de preços e uma coleção dos produtos mais populares. Além disso, será possível acessar a aba “Shopping” durante uma busca feita no Google para encontrar uma lista de produtos relacionados à pesquisa. Os usuários poderão ver todos os detalhes dos itens e conferir varejistas que os têm em estoque.
Para os varejistas também foram apresentadas novas ferramentas para que eles possam aproveitar ao máximo o potencial do Google Shopping para alavancar seus negócios, entre elas:

  • Showcase Shopping Ads – um novo formato de anúncios mais visuais que aparecerá no Google Imagens, no Feed do Discover e, em breve, no YouTube. Em média, cerca de 80% do tráfego de anúncios do Showcase Shopping para sites de varejistas são de novos visitantes que acabam de descobrir as marcas.
  • Compre online, retire na loja – a novidade vai permitir que os varejistas indiquem quando e quais produtos estão disponíveis para retirada na loja. Em um estudo recente encomendado pelo Google, foi identificado que 45% dos compradores globais compram online e retiram na loja. A novidade está em fase de testes beta.
  • Shopping campaigns com parceiros – as campanhas do Google Shopping com parceiros permitem que as marcas usem seus próprios orçamentos para ajudar a promover produtos nas campanhas dos varejistas. Isso ajuda a gerar mais visibilidade, tráfego e vendas para as marcas e seus parceiros de varejo.

(Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM)

Vendas do varejo paulistano crescem 6,1% em maio

O movimento de vendas do varejo paulistano cresceu em média 6,1% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, informa o Balanço de Vendas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). As transações a prazo aumentaram 6,7%, enquanto as comercializações à vista avançaram 5,4%.
“O resultado parece animador, mas é circunstancial em função do efeito-calendário (um dia útil a mais em maio de 2019) e da greve dos caminhoneiros em maio do ano passado, que criou uma base de comparação fraca”, comenta Marcel Solimeo, economista da ACSP.
Ainda segundo o Balanço da ACSP, de janeiro a maio de 2019 o movimento de vendas do comércio de SP avançou 2,6%. “Esse dado dos cinco primeiros meses do ano acompanha a evolução da massa salarial e a cautela do consumidor, que aguarda alguma recuperação do emprego para, então, voltar a comprar”, afirma Solimeo.
O sistema a prazo (1,2%) foi pior do que o sistema à vista (4%); o primeiro reflete o receio do consumidor de se comprometer com dívidas, ao passo que o segundo envolve produtos mais básicos e necessários para o dia a dia.
(Por NoVarejo via Varejo ESPM)

Amazon está desenvolvendo dispositivo capaz de ler emoções dos consumidores

A Amazon está trabalhando em um gadget ativado por voz capaz de ler as emoções dos usuários, informou a Bloomberg nesta quinta-feira (23). O Lab126, grupo de pesquisa e desenvolvimento de hardware da gigante do e-commerce, e a equipe de software estão envolvidos no projeto, disse a agência de notícias, citando documentos internos e uma fonte na empresa.
O produto é descrito internamento como um dispositivo de bem-estar e saúde, o que sinaliza mais um grande salto da Amazon em direção à tecnologia para saúde, depois de comprar a farmácia online PillPack por US$ 753 milhões.
A matéria da Bloomberg afirma que o dispositivo é projetado para ser usado como uma pulseira e viria equipado com um microfone para escutar a voz do usuário e detectar seu estado emocional. Não há garantia alguma de que o projeto de codinome “Dylan” gere um produto comercial ou será usado apenas para pesquisa. A Amazon se recusou a comentar o assunto.
O equipamento seria capaz, inclusive, de aconselhar o usuário a interagir de forma mais eficaz com outras pessoas. O dispositivo funciona com um aplicativo para smartphone. Segundo uma fonte da Bloomberg dentro da Amazon, a empresa já começou a testar a solução. O que não ficou claro é se o teste inclui o hardware ou o software, ou os dois.
Uma patente registrada em 2017 descreve um sistema que um sistema no qual o software de voz analisa padrões vocais para determinar como o usuário está se sentindo: alegre, triste, com medo, repulsa, tédio ou raiva. O documento sugere que a Amazon pode usar o conhecimento das emoções de uma pessoa para recomendar produtos. A tecnologia ainda pode ajudar a empresa a obter insights sobre produtos de saúde.
A patente concedida à Amazon diz que a tecnologia pode detectar uma condição emocional anormal. O documento mostra uma mulher dizendo a Alexa, assistente virtual da empresa, que está com fome. O algoritmo percebe que a usuária está resfriada e pergunta se ela gostaria de uma receita de canja de galinha. Os documentos analisados pela Bloomberg dão conta de que a Amazon usa essa tecnologia.
(Por NoVarejo – Leonardo Guimarães)

Walmart irá transformar hipermercados em Maxxi Atacado

Com o objetivo de aumentar a participação no formato atacarejo, o Walmart Brasil está realizando mudanças em sua bandeira Maxxi Atacado. O projeto abrange a mudança de posicionamento da marca, a transformação estrutural e tecnológica das unidades em todo o Brasil e a conversão de 10 lojas de hipermercados para Maxxi Atacado. Dessa forma, a bandeira passa a ser uma unidade estratégica de negócios para a empresa nos próximos anos, com foco em consumidores e comerciantes de todos os tamanhos e segmentos.
A primeira unidade a receber a transformação foi a de Diadema, considerada a loja piloto para o rollout de padronização das demais lojas. Entre as alterações estão a instalação de Wi-Fi, a inclusão de cobertura em todo o estacionamento, prateleiras iluminadas, painéis backlight de LED e implementação de equipamentos de caixa mais modernos para agilizar o pagamento e reduzir o tempo de fila. Além disso, o atacado terá estrutura modelar de gôndolas e diversos tipos de embalagens para facilitar a organização do sortimento.
Outras mudanças são as ilhas self para exposição de produtos, que trazem mais economia para a operação e segurança alimentar para os clientes; a criação da câmara de resfriados e congelados para aumentar o armazenamento de perecíveis e a colocação de seis step-in para congelados, que permitem a estocagem e reposição dos produtos de modo instantâneo, proporcionando um autosserviço funcional.
Com 3.300 m², a loja passou a oferecer preços mais baixos e maior sortimento de produtos. O mix de itens à venda passou de 4 mil para 6 mil. Já as áreas de checkout ficaram maiores para facilitar o trânsito de pessoas na saída e otimizar o trabalho dos operadores de caixa. Para melhorar o funcionamento da unidade após a transformação, o quadro de funcionários foi ampliado em 30%, chegando a 130 colaboradores.
Por Mercado&Consumo via Varejo ESPM

Consumidores trocam marcas em busca de melhor preço

A crise econômica voltou a influenciar as escolhas dos consumidores no supermercado, de acordo com estudo realizado pelo Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo) em todas as regiões da capital, em abril de 2019.
De acordo com o levantamento, 78% dos consumidores entrevistados passaram a experimentar outras marcas de produtos, exceto as líderes, nos últimos seis meses. Para 76% deles, as alterações no padrão de consumo ocorreram por conta do preço, enquanto que para 16,3% a motivação foi as promoções.
O índice vem subindo. Na pesquisa anterior, realizada em outubro de 2018, a porcentagem de consumidores que haviam deixado de ser fieis a marcas era de 69,6%.
Entre os que voltaram a consumir produtos de marcas premium ou líderes de mercado, a maior motivação foi a qualidade. Do total de pesquisados, 71,3% já voltaram a consumir algum item das marcas líderes, com destaque para as categorias de higiene e limpeza (61,4% das respostas); mercearia (35,1%); bebidas (29,8%); frios e laticínios (26,3%); e açougue (15,8%).
Perguntados sobre a expectativa em relação à economia, 63,7% dos respondentes acham que os preços irão se elevar nos próximos seis meses; 25,5% opinaram que os preços irão se manter no mesmo patamar e 10,8% acreditam que haverá redução.
É evidente o pessimismo atual da população sobre os rumos da economia, pois na sondagem anterior 29,4% achavam que a situação econômica iria melhorar no semestre subsequente, 35,3% afirmaram que iria ficar como estava e 35,3% acreditavam que iria piorar.
A conjuntura atual também afetou a frequência das idas aos supermercados e afins: 32,4% dos consumidores afirmaram ir menos vezes às compras hoje em comparação a um ano atrás. Na sondagem de outubro de 2018, esse índice era de 28%. A maioria dos entrevistados afirmou que prefere ir uma vez por semana ao supermercado (50%).
O público foi consultado também sobre os aspectos que mais valorizam em um supermercado. O diferencial mais citado foi o preço, com 24,4% das respostas, seguido pela qualidade dos produtos (17,8%), localização (15,7%), variedade (14%), atendimento (12,5%), limpeza (9,6%) e atendimento no caixa (6%).
Dos formatos de varejo preferidos, os atacarejos, com 33,3% das indicações, ultrapassaram os supermercados (23,5%) na preferência do público. Na sondagem de outubro de 2018, a maioria preferia os supermercados (31,4%), ante os atacarejos (22,5%). As demais respostas se dividiram entre hipermercados (17,6%); lojas de vizinhança de grandes marcas (15,7%) e mercadinhos de bairro (9,8%).
Por Mercado&Consumo via ESPM Varejo

Gestão de fornecedores: por que é tão importante?

O departamento de compras assume um papel importante no que se refere à garantia da satisfação do cliente. Uma vez que o supermercado consegue ter controle sobre preços e manter a qualidade do produto, tende a conquistar o consumidor e a ganhar vantagem competitiva no mercado. Para alcançar esses benefícios, entretanto, é indispensável observar a adequada gestão de fornecedores.
Pensando na importância do tema, elencamos alguns esclarecimentos sobre o assunto, além de dicas para que você saiba como gerenciar fornecedores de maneira eficiente. Confira!

Por que a gestão de fornecedores é tão importante?

A gestão de fornecedores é uma das principais atividades do departamento de compras e tem como objetivo garantir o bom funcionamento de toda a empresa. Trata-se do processo de estudo, seleção e acompanhamento das etapas relativas à aquisição de produtos.
Por meio da avaliação sobre custos, confiabilidade na entrega e qualidade da mercadoria, o gestor busca administrar melhor os recursos cedidos para a empresa fornecedora e avaliar oportunidades para garantir o custo-benefício.
Esse gerenciamento adequado das compras também atribui à organização maior controle sobre finanças, estoque e atendimento ao cliente. Contribui, ainda, para o bom andamento do processo de vendas no estabelecimento.

Quais os impactos de uma gestão eficiente de fornecedores?

A gestão de fornecedores, quando realizada de maneira eficiente, pode trazer inúmeros benefícios à empresa. Confira alguns deles!

Redução de custos

A possibilidade de economia para a empresa é sempre bem-vinda. Para identificar oportunidades e reduzir custos, entretanto, é necessário realizar uma criteriosa análise sobre o setor de compras.
O gerenciamento de fornecedores, nesse sentido, auxilia na observação de falhas e na adoção de medidas preventivas que evitam gastos desnecessários.
A compra de produtos de baixa qualidade pelo supermercado, por exemplo, pode custar caro. Isso porque é o próprio empreendimento que responderá pelo produto insatisfatório ou até mesmo prejudicial ao cliente.

Aumento do poder de negociação

A diversificação e a qualidade dos fornecedores podem contribuir de maneira significativa para o aumento do poder de negociação da empresa.
O supermercado, a partir do momento que conta com opções diferentes para a compra de produtos, poderá confrontar valores e promover concorrência para o menor preço. Essa medida reverte inúmeras vantagens à instituição diante do mercado consumidor.

Aumento do valor agregado no produto

A análise sobre a qualidade dos produtos oferecidos pela fornecedora é determinante para aumentar o valor agregado no produto e elevar a credibilidade do supermercado diante do consumidor.
Nesse sentido, o gerenciamento da compra assume um papel fundamental na organização. Isso porque, por meio da verificação das melhores opções, é possível tomar medidas para manter a confiabilidade do negócio.

Como fazer uma boa gestão de fornecedores?

Abaixo, confira algumas práticas que podem ajudá-lo a fazer uma boa gestão de fornecedores.

Identifique os objetivos da empresa

Independentemente do cargo exercido, é importante que cada colaborador esteja alinhado aos objetivos do supermercado enquanto instituição.
Isso porque, além de atribuir maior coesão ao trabalho das equipes, reconhecer as metas do negócio permite tomar decisões mais acertadas.
Para fazer uma boa gestão de fornecedores, portanto, reconheça pelo que a organização preza. Dessa forma, será possível elaborar um planejamento sólido e fazer um controle sobre as compras de acordo com a vontade da empresa.

Selecione os fornecedores

Para que a organização consiga manter um processo de vendas satisfatório, é indispensável contar com uma variedade de mercadorias. Para que isso ocorra, entretanto, é necessário selecionar fornecedores com competência técnica e produtiva.
Vale, nesse sentido, avaliar se a empresa que cede produtos cumpre prazos estabelecidos para entrega, se conta com bons preços e se é comprometida com a qualidade.

Organize os processos

Além de definir metas e objetivos, é necessário organizar os processos de maneira a tornar efetivo o que foi planejado. Sendo assim, ordene cada etapa, desde a renovação de contratos com a empresa até os prazos para a compra de suprimentos.
Dessa forma, o gerenciamento sobre o fornecimento de mercadorias será cada vez mais aprimorado e trará melhores resultados. Vale também, nesse sentido, adotar softwares de gerenciamento que viabilizem o acesso aos dados e tornem mais prático o fluxo de informações dentro do setor.

Cultive um bom relacionamento com o fornecedor

Outra dica valiosa para uma boa gestão do mercado é manter um relacionamento saudável com os fornecedores. Cultivar uma relação profissional e respeitosa com as empresas contratadas pode ajudar muito nas negociações e na formação de parcerias.
Dessa forma, torna-se mais fácil conseguir benefícios em serviços oferecidos e, inclusive, descontos sobre a compra de produtos em grandes quantidades.
Adotar uma postura harmoniosa e ser visto como bom pagador diante da instituição é, portanto, uma chance de adaptar uma relação contratual de maneira vantajosa para ambas as partes.

Use a tecnologia a seu favor

O avanço das tecnologias significou, para todos os setores sociais, oportunidade de automatizar tarefas. Os benefícios agregados pelo bom uso das ferramentas tecnológicas são incontáveis: soluções integradas, controle sobre atividades e efetivo acompanhamento dos processos.
Por meio de softwares de gestão, é possível acompanhar o desempenho com a base dos fornecedores e controlar informações do setor de maneira mais ágil, segura e confiável.
Também, por intermédio de ferramentas tecnológicas, é possível criar ordens de pedidos e acompanhar compras, garantindo a racionalização e a otimização no que se refere à aquisição de mercadorias.

Conheça os custos da cadeia de suprimentos

Uma boa gestão de fornecedores pressupõe conhecimento aprofundado acerca da cadeia de suprimentos. É preciso ter noção exata dos custos e de todos os valores envolvidos, desde o transporte de mercadorias até a manutenção do estoque.
Essa prática permite que o gestor avalie de maneira mais criteriosa os fornecedores e, dessa forma, tome decisões mais acertadas.
Isso porque será levado em consideração não só o preço cobrado pela instituição contratada, mas diversos fatores que refletem na satisfação do cliente do supermercado. Afinal, o valor do produto vale tanto quanto o serviço de qualidade e o prazo de entrega adequado.
A gestão de fornecedores impacta de maneira significativa o sucesso da empresa. Isso porque o controle sobre os preços, a garantia da qualidade do produto e a diversidade de mercadorias ofertadas interferem na própria percepção do cliente sobre a credibilidade e a confiabilidade do estabelecimento. Isso cria um ambiente propício para o desenvolvimento da instituição no mercado consumidor.
E então? Gostou das nossas dicas? Complete a leitura e descubra como aumentar o ticket médio do supermercado!
Por Pricefy via Varejo ESPM

Em parceria com o grupo Carrefour, Zaitt inaugura na cidade de São Paulo o primeiro mercado 100% autônomo da América Latina

Geolocalização, comodidade, automação. Esses elementos estão cada vez mais no dia a dia e incentivando as pessoas a buscarem por produtos e serviços de uma maneira mais inteligente. Um ótimo exemplo da chamada revolução industrial 4.0 é a Zaitt, primeiro mercado 100% autônomo da América Latina, que inicia suas operações em São Paulo a partir desta quinta-feira (21), no Itaim Bibi, movimentado bairro da capital paulista. Nesta unidade, a empresa contará com a expertise e o suporte logístico e de abastecimento do Carrefour, responsável por parte do sortimento de produtos que será oferecido aos clientes na loja de São Paulo.

Com foco em food service, snacks, bebidas, produtos de limpeza, higiene pessoal, orgânicos, dentre outros , incluindo produtos frescos e prontos para consumo além da possibilidade de preparação e consumo de alguns até mesmo dentro do mercado, a expectativa em relação ao início das operações é grande. “Pelo estilo de vida paulistano, que não para nunca e adora novidades, imaginamos uma aderência muito grande! O mercado será 24h e contará com um mix de produtos e serviços especialmente pensado para os moradores da cidade”, conta Rodrigo Miranda, cofundador da Zaitt.

A unidade paulista é a segunda em operação – após a primeira no Espírito Santo – e traz o Carrefour como parceiro estratégico. “Estamos testando novos conceitos, inovações e tecnologias para melhorar a experiência de compra e alcançar novos clientes. Assim como fazemos globalmente, iremos estreitar parcerias com empresas e startups que nos tragam novas tecnologias e competencias para acelerar a nossa transformaçao digital e gerar escala para serviços e soluções realmente inovadores”, destaca Paula Cardoso, CEO do Carrefour eBusiness Brasil.

Cliente é o centro da experiência de compra

A “mágica” para o consumidor acontece por meio do aplicativo desenvolvido pela Zaitt, dotado de um sistema de pagamento que proporciona uma experiência sem a necessidade de caixas e filas. É o cliente que guia a sua própria jornada dentro do mercado, adicionando os produtos ao carrinho virtual e realizando a compra – tudo pelo app. Na Zaitt, os fornecedores da indústria e do varejo são os responsáveis pela reposição dos estoques. Eles são avisados periodicamente sobre o fluxo de vendas e quando devem deixar à disposição uma nova remessa de produtos.

Tecnologia, tecnologia e mais tecnologia – passo a passo

Para proporcionar uma experiência de compra com o menor atrito possível ao consumidor, a Zaitt conta 24h com a ajuda de muita tecnologia. Câmeras com sensores monitoram cada ação e reconhecem quem está no mercado em tempo real. Na Zaitt, o cliente está no centro da conversa, começando pela abertura e fechamento sendo feitas por ele mesmo de duas formas após baixar o aplicativo do mercado e fazer o cadastro: pela leitura via aplicativo do reconhecimento facial ou do QR Code no tótem, ambos disponíveis ao lado da entrada.

Meios de pagamento

Diferentemente da primeira unidade da Zaitt, em operação no Espírito Santo que faz uso do formato Scan&Go com a leitura do QR Code do produto via aplicativo, no mercado de São Paulo o cliente conta uma nova experiência chamada RFID (Radio Frequency Identification). Trata-se de um sistema de identificação de produtos automático por meio de sinais de rádio. Por meio dele não é necessário o escaneamento produto por produto – eliminando qualquer atrito no processo de compra – sendo todos eles identificados na última etapa antes da saída do mercado.

Com os produtos em mãos, para sair do mercado o cliente escolhe, assim como na entrada, entre o reconhecimento facial e a leitura do QR Code para se abrir a primeira porta. Quando essa porta se fecha, o cliente fica entre duas portas de vidro, momento no qual a radiofrequência entra em ação e identifica todos os itens presentes. Com a leitura finalizada, ele só confirma a compra total em uma tela que fica à sua frente e pronto, a segunda porta é liberada e o valor total é debitado automaticamente do cartão de crédito cadastrado.

“Compreendemos a unidade de São Paulo como um marco não só nacional, como também em âmbito global. Estamos radiantes com a oportunidade de trazer uma experiência de compra inovadora e completa aos clientes. E, claro, termos um parceiro como o Grupo Carrefour nessa jornada nos traz ainda mais energia para continuar criando formas de revolucionar o varejo”, finaliza Miranda.

Serviço

Endereço: Rua João Cachoeira nº 382 – Itaim Bibi, São Paulo-SP

Horário de funcionamento: 24 horas

Sobre a Zaitt

A Zaitt começou sua operação em abril de 2016 como mix de delivery de bebidas via aplicativo e um espaço para eventos e vendas nas proximidades. Em dezembro de 2017 se transformou no primeiro mercado 100% autônoma da América Latina totalmente sem funcionários e com a experiência de compra guiada pelos próprios usuários, facilitando a vida de consumidores que desejam uma nova experiência de compra, mais rápida, prática e disruptiva.

Por HibridaCom – via Varejo ESPM

Veja como aplicar estratégia de vendas no seu mercado

Atualmente, grandes supermercados vêm se expandindo cada vez mais. Em decorrência disso, é preciso que os empreendimentos menores tomem atitudes para se manterem firmes na concorrência. Para isso, é importante adotar uma estratégia de vendas que possa atrair clientes e alavancar o seu negócio.
Essas táticas são muito úteis e podem gerar retornos imediatos para a sua empresa. Por isso, separamos aqui as principais ações para você incorporar ao seu estabelecimento.
Quer saber mais sobre como conseguir melhorar os seus resultados e aplicar essas estratégias em seu negócio? Então, continue a sua leitura e veja melhorias em tempo recorde nos seus números!

O que é uma estratégia de vendas?

Uma estratégia de vendas é um planejamento que busca determinar como, onde e quando se deve chegar a um determinado propósito. Na hora de decidir qual é a melhor para o seu negócio, é importante considerar o ciclo de vida e os materiais dos produtos disponíveis nas gôndolas.
Dentro de uma estratégia, existem quatro fases técnicas indispensáveis para vender mais:

  • encontrar clientes potenciais;
  • adquirir esses clientes potenciais;
  • manter esses clientes;
  • aumentar as vendas.

A seguir, vamos detalhar cada uma dessas etapas. Acompanhe!

Encontrar clientes potenciais

Uma forma de aproximar os clientes do seu negócio é utilizando anúncios por via das mídias, sejam elas digitais — por meio das redes sociais — ou de veiculação em massa, como jornais, revistas, mídia exterior etc.
Essas ações fazem com que os consumidores se sintam atraídos pelos seus produtos, preços e até pela imagem transmitida durante as propagandas. Sendo assim, a partir dos investimentos direcionados para o público-alvo correto, será possível atrair muito mais pessoas para o seu mercado.

Adquirir clientes potenciais

Após conquistar os clientes e fazer com que eles contatem com a empresa, precisamos compreender as dificuldades e apresentar resoluções para o problema deles. Sendo assim, é importante sempre prestar atenção no comportamento dos consumidores, demonstrando proximidade e preocupação para criar um vínculo de confiança.

Manter os clientes e aumentar as vendas

Esses dois passos costumam estar sempre alinhados, e a base dele é o CRM (Customer Relationship Management), que nada mais é do que se antecipar à necessidade do comprador.
Para conseguir essa antecipação, são utilizados softwares específicos que trabalham com Business Intelligence e Big Data, buscando os potenciais problemas e oportunidades, visando otimizar a interação entre cliente e empresa.
O sucesso nas vendas em mercado está sempre relacionado às estratégias aplicadas, junto as ações de merchandising e um PDV (ponto de venda) estruturado corretamente.
Um ponto de venda precisa ser planejado para agradar e proporcionar uma boa experiência de compra ao consumidor, por isso, é essencial que o ambiente seja receptivo. Dessa forma, as estratégias planejadas para que o cliente realize a compra vão ser cada vez mais eficientes.
Aliado ao PDV, está o merchandising, que planeja todos os aspectos essenciais para influenciar na decisão de compra do consumidor. Esse planejamento envolve a disposição dos produtos, gôndolas, cores e caixas. Sempre pensando na maneira mais eficaz de gerar uma venda rápida, prática e com uma boa experiência para que o cliente retorne mais vezes.

Quais as estratégias de vendas mais eficazes em um mercado?

Agora, para darmos o primeiro passo na melhoria dos seus resultados a partir dessas estratégias, criamos uma lista com as principais ações que podem ser aplicadas em um mercado.

Direcionar o público para as ofertas

O público pode ser facilmente direcionado com estratégias de vendas básicas, como promoções em datas comemorativas e descontos em produtos que os consumidores já demonstraram algum interesse. Essas ações geram uma necessidade de compra, fazendo com que os clientes sintam uma urgência em adquirir um determinado artigo disponível no seu estabelecimento.

Influenciar a decisão de compras

Outra estratégia básica é trabalhar para conseguir influenciar os consumidores dentro do seu ambiente de vendas. O público é influenciado de diferentes formas diariamente, portanto, no PDV é importante contar com áreas que incluam os produtos mais vendidos do mês, as marcas mais procuradas e os itens que oferecem o melhor custo-benefício.
Esses dados podem ser apurados a partir de uma pesquisa interna com as suas informações sobre vendas ou até mesmo por meio de entrevistas com os próprios clientes no mercado.

Utilizar os sentidos para atrair clientes (Market Experience)

Também conhecido como marketing sensorial, várias empresas usam os nossos sentidos para promover vendas e gerar resultados em suas estratégias. E o melhor: muitas vezes os clientes nem se dão conta que estão sob a influência dessas ações.
Essa prática é bastante comum em áreas de perfumaria, setores de degustação de produtos e até mesmo na padaria do mercado, que é responsável por atrair os clientes apaixonados por pães quentinhos e cheirosos.
A principal estratégia usada para atrair os consumidores a partir do marketing sensorial envolve cativar o público pelo olfato. Também é comum encontrarmos campanhas que visam aflorar o lado emocional dos clientes.

Criar cartazes e displays com ofertas inovadoras

Usar com inteligência os cartazes e displays no ponto de venda é essencial para melhorar as suas vendas! Conhecer a dinâmica do seu espaço e como é o trajeto de compra dos clientes é um passo importante na hora de compreender quais são os melhores lugares para instalar essas mensagens.
Outra questão essencial que não pode ficar de fora é que esses cartazes precisam conter informações indispensáveis, como: os preços com desconto e uma imagem do produto. Dessa forma, o cliente vai conseguir localizá-lo facilmente.

Trabalhar as redes sociais para divulgar ofertas exclusivas

O mundo está cada vez mais conectado. Com a internet na palma de nossas mãos por meio dos smartphones, o público consegue acessar as suas redes sociais em poucos segundos.
Com essa facilidade, as empresas também passaram a competir pelos seus consumidores em potenciais no mundo digital e sai na frente quem consegue atrair esse público mais rápido. Sendo assim, vale a pena investir em estratégias de marketing digital para promover descontos diferenciados, gerar engajamento para ações no ponto de venda e cativar os usuários, convencendo-os a visitar o mercado.

Treinar os funcionários para prestarem um bom atendimento

Por fim, mas sem dúvidas uma das principais estratégias de vendas que influenciam drasticamente em um estabelecimento: o atendimento ao público precisa ser impecável.
Os consumidores devem se identificar com os funcionários e criar uma relação de confiança com eles. Dessa forma, na hora da compra, os seus clientes vão saber que, caso eles precisem de ajuda, o mercado vai contar com profissionais capacitados e disponíveis para o que for necessário.
Esse treinamento pode ser feito a partir de dicas de comportamentos adequados e aulas sobre como prestar um atendimento eficiente e rápido. Sem contar também com as recomendações do que não deve ser feito dentro do ambiente de trabalho, para evitar tudo aquilo que puder prejudicar a imagem do mercado perante o público.
Viu como aplicar estratégia de vendas não é tão complexo quanto parece? Quando o objetivo é crescer no mercado de atuação e melhorar o desempenho do seu estabelecimento, é necessário investir nessas questões e garantir que a sua marca seja cada vez mais reconhecida pelo público.
Gostou das nossas dicas de estratégias de vendas? Continue a sua visita em nosso blog e entenda como fazer uma divulgação de ofertas de forma atrativa para vender muito mais e melhor!
(Por Pricefy via Varejo ESPM)

Varejo 4.0: o poder onipresente do omnichannel

O varejo está no centro das transformações, vive um vigoroso processo de inovação que influencia diretamente o ranking das maiores empresas varejistas do planeta. A Amazon já consta como quarta maior empresa do setor, com faturamento de US$ 118,6 bilhões e crescimento de 25,3% sobre o ano anterior, de acordo com o Global Powers of Retailing 2019, estudo da Deloitte. O espírito do tempo agiu com rapidez e em apenas 25 anos transformou uma empresa que nasceu on-line na quarta maior varejista do mundo em vendas e na primeira em valor! Essa gigante do comércio atingiu no início de 2019 um valor de mercado de US$ 797 bilhões, segundo dados da Bloomberg.

A fusão do varejo físico com o digital, tendo o smartphone como protagonista, define o varejo omnichannel. Exatamente, nesse modelo, o smartphone é o protagonista! Sem smartphone, o formato não é considerado omnichannel, pois não é capaz de oferecer a mobilidade que o caracteriza, a onipresença tanto dos canais quanto do consumidor. Esse varejo onipresente atende o consumidor também onipresente, mais conhecido como shopper 4.0. Essa relação entre o varejo e os consumidores 4.0 é entremeada pela jornada de compras 4.0, ou shopper journey, termo que já aparece em diversas publicações como omnishopper journey.

Essa jornada é um processo que ocorre antes, durante e depois das aquisições realizadas pelos consumidores e resulta em uma experiência de compras que pode ser positiva ou negativa. Os fatores que causam avaliações negativas nas experiências de compra dos consumidores são conhecidos: estresse, preços e condições financeiras, e tempo. Já do lado positivo da balança estão a experiência memorável, o custo-benefício, a confiança, o serviço prestado e a boa atmosfera de compra — como aponta a pesquisa Shopper, produzida pela IQVIA/IMS Health, em 2016.

Neste cenário, o smartphone é um grande aliado na jornada de compras do consumidor. Dentre os inúmeros aplicativos que existem, muitos são utilizados para minimizar os riscos encontrados durante a jornada de compras. O prazo de entrega e a disponibilidade de estoque aparecem como fatores decisivos na escolha do e-commerce, segundo o estudo Varejo em transformação — estratégias, práticas e expectativas. Realizado no ano passado pela Deloitte Touche Tohmatsu, o estudo analisou o comportamento do “phygital ” — termo apresentado por Kevin McKenzie, do Westfield Lab., no NRF Retail Big Show 2015, para denominar o consumidor que trafega entre canais físicos e digitais com os seus smartphones durante suas compras.

Todos esses fatores precisam ser administrados diariamente pelos gestores de varejo. E é aí que a tecnologia digital disruptiva aparece como um recurso essencial para essa gestão. Isso porque ela oferece soluções de baixo custo, pouca complexidade e de fácil usabilidade por parte do consumidor — daí o peso estratégico crescente do fator user experience (UX) nas estratégias omnichannel. Os desafios enfrentados nas organizações são endereçados às soluções digitais, pois permitem ganhos escaláveis e recorrentes. Afinal, não se pode investir em tecnologia ou em qualquer outra área sem previsão de aumento da produtividade: vender mais, gastar menos! Assim surgem as inovações disruptivas, aquelas que apresentam algo totalmente novo, rompendo com os modelos anteriores.

A experiência do varejo 4.0

O poder das redes sociais influencia diretamente o início da jornada de compras no varejo 4.0. O processo que era linear se transformou em não linear e seu mapeamento desafia estudiosos, profissionais de pesquisa e tomadores de decisão. No período inicial do e-commerce, quando o varejista, no máximo, tinha uma loja física e um site e-commerce, afirmava-se que a jornada de compras começava no canal on-line, principalmente para certas categorias de produtos com um tíquete médio mais elevado, como eletroeletrônicos, móveis e decoração, moda e material esportivo. Com o aumento da presença dos smartphones nas mãos dos consumidores, novos recursos surgiram e muitas redes sociais passaram a influenciar o consumo e até viabilizar a tomada de decisão de compras, como é o caso do Facebook e do Instagram.

Em uma loja física, as cinco etapas do funil linear (figura 1) podem ser administradas estrategicamente pelo gestor de varejo com ações que têm início no estacionamento e vão até o ponto de venda. No e-commerce, o processo pode começar em um site de busca ou de comparação de preço ou ainda por meio de avaliações dos consumidores. Em 2015, uma apresentação do Ebay sugeriu esse caminho ao afirmar que a maioria das pessoas iniciava suas jornadas pelo acesso a um site na internet. Mas, em um ambiente omnichannel, as possibilidades se tornam infinitas, por envolver perfis “personas” ou características diferentes de grupos de consumidores. Também incluem milhares de categorias de produtos diferentes e inúmeros canais de venda e de comunicação físicos e digitais.

Dessa forma, a jornada de compras 4.0 deve ser mapeada por categoria de produtos, que terá seu perfil personas predominante identificado e seu comportamento rastreado por meio de robôs de busca que mostram por onde andou esse consumidor antes de tomar sua decisão de compras. Esse processo se torna mais complexo ao incluirmos os canais físicos, pois o mapeamento se perde e dependerá de recursos presentes em aplicativos como Waze, outros existentes em meios de pagamento ou ainda aqueles que serão adotados por varejistas para controlar o fluxo dos seus clientes nas lojas e em shoppings, por exemplo.

A complexidade da análise exige o desenvolvimento de algoritmos específicos que permitem mapeamentos dinâmicos e em tempo real, a fim de permitir às marcas se colocarem presentes em todas as etapas da jornada de compras (figura 2), desde a conscientização até a fidelização ou lealdade e assim conquistarem novos clientes com base em seus atributos de marca, e não apenas por promoções e descontos.

O varejista deve utilizar esse modelo (figura 3) para definir suas ações e aumentar a fidelização de clientes, conforme sua estratégia omnichannel. As dinâmicas, com base em metodologias ágeis, possibilitam rapidamente se chegar a um plano de ação.

As ações do varejista devem continuar sendo realizadas em parceria com as marcas. O que tende a acabar é a utilização de verbas apenas para financiar jornais de ofertas, prática ainda muito presente no varejo em geral.

Na sequência do modelo, os gestores e seus times devem detalhar cada etapa da jornada e cada canal presente na estratégia omnichannel, como aponta a figura 4. É importante para o varejista entender o comportamento dos clientes em cada um dos canais, como estão expostos às influências e de que tipo (figura 5). Esse tipo de informação permite ao gestor sugerir a próxima ação de maneira a se manter o fluxo da jornada até a tomada de decisão e a avaliação da experiência de compra.

Uma ação muito simples e pouco utilizada é a avaliação e o feedback. Essa é uma parte da estratégia que deve ser implementada desde o início da transformação do varejo 4.0. Há menos de um ano, a Amazon, por exemplo, inaugurou em Nova York uma loja que vende, presencialmente, apenas produtos avaliados com quatro estrelas ou mais: a Amazon 4Star, localizada em pleno SoHo, na Spring St. — que é uma aposta, pois o estabelecimento oferece apenas os produtos mais vendidos e bem avaliados, independentemente da experiência de compra proporcionada. A loja não oferece nenhum outro atrativo e aposta na conveniência de se encontrarem os produtos mais desejados na condição de pronta-entrega e na economia de não ter de pagar frete para receber em casa.

A marca de óculos Warby Parker se notabilizou como uma das pioneiras na estratégia omnichannel. Teve seu início com vendas on-line, mas adicionou em seu modelo as lojas físicas para atender clientes que desejavam ver e experimentar os óculos antes de decidirem a compra. Em que etapa da jornada de compras a loja física está na estratégia da Warby Parker?

Nessa linha, apostando na economia do tempo e do custo do frete, muitos varejistas já adotam a compra on-line com retirada na loja. Esta é uma estratégia omnichannel que veio para ficar. Um dos grandes diferenciais competitivos do varejo 4.0 é a disponibilidade dos produtos oferecidos para entrega imediata. Trata-se, aliás, de uma das boas e velhas receitas de sucesso do varejo. Apesar de tantos avanços, muitos consumidores querem o produto imediatamente e, para isso, devem se dirigir a um ponto de entrega que pode ser a própria loja!

Os grandes varejistas, como o Walmart, já assimilaram essa oportunidade e estão transformando suas lojas em minicentros de distribuição para atender os pedidos de clientes que realizaram suas compras on-line e residem próximo ao estabelecimento. Assim, o tempo de entrega será bem mais rápido e com menor custo. A loja ganha com as vendas adicionais que serão realizadas por outros clientes, além daqueles que já frequentam presencialmente.


JORNADA DE COMPRAS NÃO LINEAR

É importante redefinir o papel da loja física na jornada de compras 4.0. Mais um exemplo interessante é o da Amaro, marca de moda feminina. A marca começou com vendas por e-commerce e já possui 16 lojas físicas, as chamadas guide shops, como parte de sua estratégia omnichannel. Dependendo do perfil “personas”, muitos consumidores podem deparar com a marca pela primeira vez circulando pelo corredor de um dos shoppings. Nesse caso, a loja exerce um importante papel na fase de awareness ou conscientização, a primeira etapa do funil. Mas, em outros perfis “personas”, a loja exerce papel importante na fase de engajamento e decisão, pois são consumidores que já iniciaram sua jornada pela internet, utilizando o site ou o aplicativo mobile da marca.

Inovação: sinal dos tempos

Há uma abundância de novas tecnologias disponíveis e prontas para transformar o varejo em um formato 4.0. Mas muitos empresários e gestores ainda não reagiram aos sinais do tempo. Envoltos em suas atribuições diárias, não conseguem enxergar o grau de mudanças que está acontecendo diariamente. O tempo está passando e a janela de oportunidades vai diminuindo e comprometendo o futuro de muitas empresas que conhecemos.

Quem está no comando necessita de visão! Enxergar adiante, tentar entender o que vem pela frente para organizar o seu negócio e tomar decisões. Novos conhecimentos, informações e relacionamentos são fundamentais em todas as fases da vida, mas em momentos de mudanças como o que estamos vivendo esses tópicos ganham ainda mais relevância.

Logo, apesar dos aspectos tecnológicos presentes no processo de inovação, o mais importante é a seleção dessas tecnologias que serão utilizadas. É, portanto, estratégico. E estratégia é assunto para gestores. Tais decisões deverão estar respaldadas, como sempre, no que ditam os consumidores e, assim, daremos sequência a mais esse ciclo produtivo nessa ciência que amamos, que é o marketing. Os gestores não precisam ser especialistas em tecnologias, e sim saber empregá-las estrategicamente. Se uma solução a ser adotada em uma das etapas do funil não linear terá inteligência artificial ou realidade virtual, não importa. O que importa é o papel dessa tecnologia na estratégia varejista completa, delineada ao longo da jornada de compras 4.0!

Por Revista ESPM – Ricardo Pastore